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Os heróis de Canudos.

por FJV, em 19.05.10

Apesar do mau gosto da comparação (entre o anúncio da «promulgação do casamento entre pessoas do mesmo sexo» e «o fim da pena de morte», enunciado pelo ministro Jorge Lacão — uma coisa em forma de assim, saída daquele enorme talento?), a verdade é que a lei não vai provocar alarme social nem escândalo público. Nada do que é humano nos é estranho. Nada do que é imperfeito. Nada do que é errado. Nada do que está correcto. Cavaco fez o que tinha a fazer, com as cartas que tinha na mão, notando que não está de acordo mas que as coisas são como são. Não vale a pena nem é justo, a propósito do assunto em epígrafe, falar de covardia histórica e de capitulação. Um presidente está lá para garantir a liberdade e o jogo democrático. Se queriam outro presidente, tivessem eleito Basílio Horta na altura (lembram-se?) ou el-rei D. Sancho. Ou barriquem-se nas montanhas, como os heróis de Canudos entre os coqueiros.

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