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O acordo entre o Estado e Joe Berardo para a criação do seu museu no CCB esteve sempre rodeado de polémica. O investidor acha que presta um serviço ao país ao mostrar em público o acervo de arte contemporânea que reuniu ao longo dos anos; o Estado não quis ser acusado de deixar seguir as obras para o estrangeiro e negociou um acordo para que o museu se instalasse no CCB, o que permitiu que Berardo aparecesse como um mecenas, defendendo a gratuitidade dos museus e da cultura em geral. A cada dúvida ou inquietação, Berardo ameaça largar a Pátria, acrescentando agora a novidade de que, por este caminho, o país também está difícil. Moral da história: Berardo sabe o que faz e o que tem em casa – e sabe que quem assinou o acordo vai ter de aturá-lo. Ou de fazer de mau da fita.
[Na coluna do Correio da Manhã.]
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