Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
O Dia Mundial do Livro não é uma efeméride — é, antes, uma convenção. É por isso interessante que o governo tenha discutido este problema — o da isenção de IVA para ofertas de livros em stock, que de outro modo estariam condenados ao massacre. A idenção de IVA por ofertas de livros ao Estado é, por outro lado, ligeiramente estapafúrdia; não como princípio, mas porque não se entende que o Estado cobre IVA sobre as transações normais e depois possa ainda beneficiar de ofertas dos editores. Teoria da conspiração: o Estado deixa de comprar livros para as bibliotecas públicas e escolares, mas fica a aguardar as doações. No meio de tanto dinheiro gasto no «combate à iliteracia» (pelo menos, no papel), seria bom que as contrapartidas fossem mais significativas.
É muito comovente e justo que o Estado fale de massacre em relação à destruição de livros em armazém; convinha, no entanto, criar algum incentivo para a oferta de livros nessas condições (a desoneração fiscal é uma delas), coisa que o Estado, está quieto.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.