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O GD Chaves está no fundo da tabela. Mesmo assim. A vitória de ontem foi um regresso à minha infância, quando o velho estádio, junto do Forte de S. Neutel, era um campo de saibro que empastelava com as chuvas e onde vi os primeiros jogos de futebol a sério. Jogos contra o SC Vila Real (naturalmente, estes perdiam sempre), o Mirandela, o Bragança, o Régua (com as camisolas em losangos), o Vizela, Limiano, Riopele (um dos mais belos equipamentos que já circularam pelos nossos estádios) — e com aquele trio defensivo fatal, Lisboa, Rocha e Malano, além de Albino, Rendeiro, Adão, Tony ou Soares dos Reis (um guarda-redes que se excedia contra o Vila Real, como de costume). Assisti a duas invasões de campo, uma delas na sequência de um canto mal marcado (agredia-se um árbitro por razões sérias) e outra depois da expulsão de um jogador do Chaves que se limitara a pontapear um extremo do Vila Real (um dever de qualquer jogador da casa). Depois, ainda assisti a jogos onde havia os nomes de Raul Águas (na altura falava pouco, o que era suportável; foi jogador-treinador na sequência da saída de Álvaro Carolino), Fonseca (o guarda-redes com o bigode mais volumoso do futebol português), Noureddine (um marroquino excêntrico), António Borges (uma cabeleira inesquecível, mesmo quando andou pelo Sp. de Braga e pelo Sp. da Covilhã), Carlos Areias, Jorge Plácido, Padrão, Kiki, Vivas, Jorginho, Ferreira da Costa, Radi Zrdavkov ou Rudi (estes, ligados à primeira passagem pela I Divisão – e a um afastamento da Taça Uefa pelo Honved, depois de ter eliminado o Universitat Craiova), Carvalhal (esse mesmo) ou Bastón (o guarda-redes que sofreu o golo mais caricato da história do clube, contra o Sporting, depois de ter tentado fintar Iordanov). Seja como for, o melhor é parar.
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