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Afonso Costa consegue “tombar” os jornais oposicionistas
Há coisas que sabemos como começam — e outras que imaginamos como terminam. Está aí uma ventania à porta.
Directo ao assunto, Joaquim Vieira.
«Todos os governos tentam, de alguma forma, condicionar jornais e jornalistas. Nessa matéria, todos os partidos portugueses têm telhados de vidro e um historial que não abona a seu favor. Em primeiro lugar, essa tentação empobrece a democracia e o debate livre; depois, destrói a confiança dos cidadãos. O poder tem custos que convém ter em conta; um deles é suportar a crítica da imprensa e a sua vigilância permanente e até injusta. Manda a decência que entre os dois mundos exista uma separação clara. O poder torna-se absoluto quando reconhece que não lhe basta o direito a comunicar através dos canais institucionais e pretende garantir um lugar ao sol na imprensa. O jogo da democracia torna-se desigual, mesmo se as intenções são generosas. E quase nunca são.
[Na coluna do Correio da Manhã]
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