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Generosidade, caridade, egoísmo, etc.

por FJV, em 25.11.09

No «Janela Indiscreta» de hoje, na Antena 1, Pedro Rolo Duarte voltava — e bem — ao tema dos impostos, terminando a citar este texto do André Abrantes Amaral, sobre a generosidade, contra o egoísmo, etc. Ora, parece-me haver aí um problema, Pedro. A saída da crise através do pagamento de impostos não deve ser confundida com generosidade e com menos egoísmo (nem creio que o André estivesse a pensar nisso). Pagar impostos é um dever e uma imposição de todos os dias. É também um direito. Mas não tem a ver com generosidade, com caridade, com filantropia; ninguém é generoso para o Estado — mas para «a comunidade». Ao dever de arrecadar impostos segue-se o dever de os administrar bem, com lealdade e decência, em favor «da comunidade», não da máquina do Estado. Discutir os impostos, a sua aplicação, a sua justeza, não é sinal de egoísmo, mas de sensatez. E de elementar justiça. Os impostos resultam do nosso trabalho. São uma coisa séria.

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