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Para os tempos de crise, 1.

por FJV, em 25.11.09

Podes ver como têm ar de triunfo. É passageiro, de qualquer modo — mede-se por acções & obrigações. À noite devem ficar solitários, medindo o encurtamento do pequeno poder: sabem onde vestem, conhecem os restaurantes, transportam o triunfo, lembram-se vagamente das Relações Internacionais e da Sociologia, essa vaga mistura de socialismo com astrologia. Tanto podiam estar ali como noutro lugar, mas calhou-lhes aquele grupo, velhos colegas de faculdade que se encontravam num café que já fechou as portas, aspiravam ao cosmopolitismo com ares de quem tinha decorado as vulgatas. São pobres de espírito, mas não sabem. O que ultrapassa esse pequeno mundo de conspirações para conservar o poder (tão difícil lá chegar), é-lhes estranho. Falam de sexo e de leis, da casa no Alentejo, que transformaram numa província promíscua, duas horas até Albufeira, Murakami, vinhos conhecidos pelo Guia, um duas estrelas do Michelin, gourmets de Galamares. Não sabem, não sabem que são vistos.

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