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Salvo erro, Jesualdo Ferreira lembrou que a qualidade do futebol praticado no jogo com o Apoel nem sempre esteve ao melhor nível, que faltava ali qualquer coisa, que não podia ser. Já antes, no jogo com a Académica disse uma, duas, três vezes, que a equipa não pode jogar assim. E tem razão; mas, então, ele que trate de ordenar aquela barafunda. Na altura recordei a grande elaboração astrológico-científica de Jesualdo Ferreira: «O FC Porto tem o seu sistema-base. E depois tem princípios, tem métodos e tem estratégias que variam necessariamente tendo em vista alcançar determinados rendimentos e resultados. O sistema-base não define o modelo. O modelo é um conjunto de sistemas, princípios, métodos e estratégias. O que se pretende atingir cada vez com maior eficácia é que é o modelo.» Para os mais distraídos, isto, que deixa qualquer um em estado catatónico, foi dito no arranque de mais um campeonato — uma entrevista ao Público de há um ano e picos. A coisa fez-se mas não convenceu ninguém.
Desta vez, a pouca sorte de Rolando foi o remate fatal para a impaciência de Bruno Alves, o único que mandava a equipa jogar diante do Marítimo, que subia pelas duas alas. Há uns tempos, escrevi que «Jesualdo tem de entender o sofrimento dos outros – de nós, que não sabemos de arquitectura e de sistema tirado à esquadria, mas que estamos sentados em redor do relvado a contar os minutos de jogo». Agora, é um ponto sem retorno: o Marítimo ganhou bem e mostrou que há ciclos que terminam. Estava na cara quando Jesualdo, mais uma vez na pele de astrólogo, disse que «temos de sofrer». Pois que sofra. Ao contrário do que disse no final do jogo, é tarde para «registar esta derrota como um aviso interno». O aviso já lá estava, preto no branco. Obrigado, Jesualdo. E pronto.
E tu, bem podes estar preparado. O Orangeblast e a cafeína não duram sempre. E não têm sempre o mesmo efeito.
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