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Salvo excepções muito localizadas, a política na blogosfera tem pouco a ver com a política propriamente dita; é um exercício de aproximações e de simpatias. Isto acontece desde que o território da moral entrou definitivamente na política e desde que a política passou a tratar de assuntos que são da mais estrita responsabilidade individual. Há duas coisas fundamentais que, em momentos de debate eleitoral, deviam entrar no debate com carácter de urgência: 1) no plano nacional, saber se as finanças públicas suportam as promessas, os desvarios, os projectos e os programas de cada partido -- e se, havendo dinheiro, ele é nosso; ou seja: como está o nosso endividamento. 2) no plano individual, saber se vamos ou não pagar mais impostos.
Ter grandes projectos, grandes ideias, muita vontade de transformar a pátria, de construir auto-estradas inúteis, de pôr a andar comboios de alta velocidade com utilidade duvidosa -- e fazer isso tudo com o dinheiro dos contribuintes -- deve supor que os contribuintes pensem se estão na disposição de ceder dinheiro seu para que se faça a monumental obra em discussão. Ou seja, se estão na disposição de hipotecar a sua vida.
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