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Os livros ardem sempre e cá estamos para aguardar pelo regresso. Até já, portanto.

por FJV, em 02.09.09

Soube, pelo Luís Januário, da interrupção de Os Livros Ardem Mal. Caros Osvaldo, Bebiano, Apolinário e Quintais: é uma sacanice. É raro, muito raro, que em Portugal se junte gente como estas quatro pessoas para organizar, mensalmente, um magazine de livros ao vivo, com entrevista e debate. Não sei se Coimbra fica mais pobre ou mais silenciosa na primeira segunda-feira de cada mês; ficamos todos mais calados, diante dessa fogueira onde as páginas se desfizeram em cinza, ardidas e lidas. Uma pena. Os Livros Ardem Mal era um acontecimento e uma excepção.

O lamento escrito pelo Luís é magnífico: «Da sabedoria e do método do Rui, do classicismo do Apolinário, das escolhas tímidas do Luís Quintais e sobretudo do Osvaldo, do brilho, da profundidade, da gravitas e do modo como falava de cinema ou dos livros do Planeta Tangerina.» Eu vi o cuidado que punham em cada escolha, em cada leitura, em cada proposta para debate; e sei como isso é raro. «Sempre vi aquelas tardes como uma graça, uma efemeridade, um ecosistema frágil, ameaçado pela indiferença dos estudantes e a boçalidade dos professores, a iliteracia da cidade, a desinformação habitual e o mau humor do gajo do som.» Desculpem lá, mas ora foda-se e regressem lá, que eu vou a Coimbra assistir.

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