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Psychokillers.

por FJV, em 28.07.09

Pedro Mexia publicou, no Bibliotecário de Babel, o seguinte texto:

 

«João Bonifácio escreveu no Público uma crítica sobre o concerto dos Killers no Restelo. O texto online suscitou grande número de comentários (mais de duzentos, da última vez que abri a página), quase todos escandalizados, muitos deles insultuosos. Os fãs dos Killers não admitiam a opinião negativa. E o Belenenses protestou oficialmente por causa de uma suposta ofensa ao clube.
Toda a gente é livre de se sentir ofendida e de protestar. Mas qualquer pessoa não excessivamente fanatizada percebe que João Bonifácio fez uma piada sobre os adeptos de um clube e escreveu uma crítica a um concerto de uma banda. Um texto discutível, felizmente, mas um texto normal.
Infelizmente, o Público (que é o jornal onde eu escrevo), em editorial, pediu desculpa ao Belenenses. Pela mesma lógica, podia também ter pedido desculpa aos fãs dos Killers. E aqui é que se começa a desenhar um precedente preocupante.
A crítica implica liberdade em matéria opinativa. Um jornal não tem que concordar com as opiniões dos seus críticos, mas quando as publica tem que as proteger, excepto quando ultrapassam determinados limites legais ou éticos. Não foi o caso, pelo que não se percebe o excesso de zelo.
Seria muito mau sinal se as direcções dos jornais orientassem a sua política editorial pelos protestos. Seria péssimo se as direcções dos jornais orientassem a sua política editorial pelos insultos.
Pedro Mexia»

Ora, acontece que, além de concordar 100% com o texto de Mexia, convém dizer que Bonifácio é um magnífico crítico e uma das pessoas que melhor escreve no Público. Só isso já basta. Nuno Pacheco, não tens razão.

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