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Joyce, 127 anos.

por FJV, em 04.02.09

 

James Joyce nasceu há 127 anos. Cumpriram-se na segunda-feira. O Ulysses faz parte do conjunto de monumentos da nossa cultura (acabo de pegar na minuciosa tradução de Dubliners, por Guillermo Cabrera Infante), seja ou não de difícil leitura – é a narração de uma aventura pelas ruas de Dublin, mas a cidade é um território simbólico, peregrinando sem cessar das oito da manhã às duas da madrugada. O livro anuncia uma espécie de desordem na literatura e na vida, como trezentos anos antes o fazia o Tristram Shandy, de Sterne, romance dos romances, livro fundamental. E como antes o fazia Cervantes com o seu Quixote. A nossa história é a história desses livros (como O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë), mas não o sabemos. Livros assim completam a nossa ideia do mundo, inventam os nossos desamores e os nossos temores, a solidão e a perturbação de leitores distraídos.

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Ler.

por FJV, em 20.01.09

Dois posts do Lourenço sobre uma insignificância: ler.

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Marmelo galego.

por FJV, em 12.01.09

Manuel Jorge Marmelo no programa «Libro Aberto», da televisão galega, entrevistado sobre o seu novo romance, As Sereias do Mindelo.

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Transa Atlântica.

por FJV, em 11.01.09


 

Mónica Marques na coluna de Joaquim Ferreira dos Santos, hoje, no O Globo. Sobre Transa Atlântica, o livro, isto: «Há muito tempo que não saía um romance tão encharcado das ruas da cidade.»

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Smiley.

por FJV, em 30.12.08

Por vários motivos estou a reler O Peregrino Secreto, de John Le Carré. Não é o melhor Le Carré (na minha lista estão Um Espião Perfeito, O Espião que Veio do Frio, Gente de Smiley, A Casa da Rússia, O Alfaiate do Panamá e, sem dúvida, O Fiel Jardineiro -- tal como o pior de todos é Um Homem Muito Procurado), mas reenvia a um dos personagens mais admiráveis que conheço, George Smiley. É o regresso de Smiley, no auge da sua reforma, para enfrentar os seus fantasmas e os nossos desesperos.

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Literaturas.

por FJV, em 28.12.08

 

O Eduardo Pitta lista os livros que o Ipsílon considerou o seu best of de 2008. Nada contra, evidentemente, mas isto assusta-me um pouco. Sei que se trata de literatura, mas custa-me a crer que, ao longo de um ano, nenhum destes meus amigos tivesse seleccionado um título de ciência ou de filosofia.

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Livro novo, hoje.

por FJV, em 11.12.08

 

Hoje, às 21.00, na Fnac/Chiado, lançamento de Transa Atlântica, de Mónica Marques, com apresentação de Pedro Rolo Duarte e Miguel Esteves Cardoso.


Textos do livro:

«Um homem é um homem, nunca fala de coisas como traições, noites mal dormidas, desconfianças – limita-se a abrir a janela e a fumar um baseado, a foder de outra maneira, mais silencioso, vivendo por dentro a alegria da criação. Fica sozinho. Um homem a sério fica sozinho e não chora. Fica amargo, fecha os olhos e espera que passe como passam os aviões da ponte aérea Rio-São Paulo, a linha do horizonte sobre as ilhas, a neblina sobre a Gávea, a suspeita sobre a próxima traição. Espera, um homem espera como espera que desça a espuma no copo de chope, que termine a música na pista de dança, que as nuvens de mosquitos se afastem do caminho no meio da Praça Antero de Quental, que a mulher regresse a casa, isso é um homem a sério, um homem com os seus segredos.»

 

«OUTRAS MULHERES COM RUGAS LINDAS e quase imperceptíveis nos cantos dos olhos, nos cantos da boca. Mulheres levemente consoláveis. Os maridos nos empregos, ou jogando playstation. Nos casos mais graves, jogando Sims Pets nos gameboys dos filhos.
Se fosse homem apaixonava-me por mulheres assim. Mulheres que já não sentem tesão pelos maridos, mas abnegadas. Mulheres que dão. Simplicidade do português do Brasil: dar. Mulheres que nunca usaram calcinha fio dental aos vinte anos e demoraram eternidades para se deitar com um homem que gostaria muito de casar com elas e ter filhos e um apartamento cheio de paredes brancas. Mulheres muito casadas. Mulheres muito lindas e sem tempo para namorar. Mulheres um bocadinho psicanalisadas. Mas só um bocadinho, porque ninguém aguenta ter tanta razão. Mulheres apaixonadas pela terapeuta. Mulheres que sabem transar. Mulheres que não querem ser as melhores designers, as melhores médicas. Mulheres que, quando muito, sonhavam em ser fotografadas pela Annie Leibovitz. Mulheres que nunca viram um pau circuncisado. Mulheres que dizem: amo-te, amo-te, amo-te quando se estão quase a vir e ouvem como resposta: Dizer que me amas enquanto fodemos, não vale.
Lindo.»

 

«Não. Uma mulher do mundo gosta de homens brasileiros que bebem copos cheios de whisky a acompanhar as refeições e desdenha – acima de tudo – a filosofia kantiana do imperativo categórico que a obriga a ir contra seus desejos e vontade. No fundo, uma mulher de jeito tem uma tendência natural para o abismo e o pecado. Chove todo o dia. Imagino os flamboyants em redor da lagoa. Um amor que acaba é triste mas às vezes não é triste, é só uma espécie de consolação por todas as mulheres que gostavam de ser outras mulheres e de fumar maconha, de ter recordações nas paredes de casa, uma colecção de vibradores escondidos na gaveta do quarto, um marido que se ausenta e um marido que está sentado à mesa. Uma mulher portuguesa no Rio, a cidade onde os flamboyants deixam de florir quando se aproxima o Outono que nunca vem – é esta a história da minha vida: brazilian wax, os jogos do Fluminense, os garotos surfando, piadas de português, chope no boteco do Jobi, o ruído das crianças quando saem de casa logo de manhã a caminho do colégio, a neblina que pousa sobre as coisas aos sábados de manhã, quando os velhos do quarteirão defronte vão a pé para a sinagoga, os seus chapéus limpos e escovados, e há aquela vida que desperta no meio do abismo e do pecado, como um clarão, um relâmpago. Eu nunca vi esse relâmpago, nunca vi a escada que sobe do centro do abismo para o deserto todo à volta. Só queria esquecer a ferida que o romance abriu.
Antigamente escreviam-se romances. Não porque houvesse histórias para contar, mas porque nenhuma história devia ser escondida. Hoje sei que há coisas que vale a pena esconder, porque passam, passam depressa como a lembrança da sombra dos morros, uma nuvem que atravessa a Tijuca, uma voz que se perde no meio do ruído.»
 

 

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Ontem, em Coimbra.

por FJV, em 10.12.08

 

Lançamento de Amor e Ódio, de Filipe Nunes Vicente na Bertrand/Dolce Vita, em Coimbra. Sala cheia de amigos e leitores, apresentação de Paulo Mota Pinto. Tudo até bem tarde, como convém.

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Pedro Mexia no «Escrita em Dia».

por FJV, em 10.12.08

 

Pedro Mexia, hoje à noite (23h00) no Escrita em Dia para falar de Nada de Melancolia, o novo livro (edição Tinta da China).

 

No site do programa pode ouvir as emissões com Marcello Duarte Mathias, Miguel Real, Baptista-Bastos, Eduardo Coelho e João Tordo.

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O Filipe joga em Coimbra e vai ganhar.

por FJV, em 09.12.08

 

Hoje, 9 de Dezembro, na Livraria Bertrand do C.C. Dolce Vita, em Coimbra, pelas 21.30h, vamos estar com o Filipe Nunes Vicente no lançamento do seu novo livro, Amor e Ódio (edição Quetzal). Paulo Mota Pinto apresenta.

 

Alguns textos do livro:

«Anos a fio a ouvir histórias de amores e é sempre a mesma coisa: elas querem tudo, eles só querem uma coisa. Se há um amor feminino, ele é uma mancha de óleo no mar do norte. Elas querem filhos, carinho, segurança, dinheiro, diversão. É um amor adulto, total, absoluto.
Se existe um amor masculino, ele enrola-se na posse. O corpo delas, evidentemente, mas também a cabeça. O ciúme masculino é sempre um adiantamento que a imaginação faz ao lençol. Mas esgota-se quando chega o novo catálogo. É um amor igual ao que as mulheres têm por um par de sapatos novos.»

 

«Ter prazer é o programa oficial para a família ocidental de hoje. É um bom programa, melhor até do que o anterior que assentava na cooperação e na reprodução. O problema é que é um programa curto. A maioria das pessoas divorcia-se porque deixa de ter prazer na convivência com o outro. Este desprazer pode advir da essência ou dos reflexos dos aromas ( jogo subterrâneo, recusa da humilhação, etc). Uma vez livre, a pessoa inicia outro projecto de prazer familiar. Tudo correcto. Subsiste, no entanto, um pequeno aroma a rolha na degustação. A antiga estabilidade da família , robusta e encorpada, desaparece para dar lugar a um arranjo molecular altamente volátil. Como ainda somos animais, transportaremos este hábito para o espaço social ( repetição, repetição, já dizia o Deleuze das longas unhas). Daqui decorre que em breve os alunos de sociologia substituirão a ladainha "o homem é um ser social" por outra mais tautológica: "o homem é um ser individual".»

 

«A crueldade pode portanto ser crime ou afecto, mas é sempre eficácia em movimento. A decisão, o ataque à garganta, a escolha do momento absolutamente certo. Pode ser própria do mais fraco, mas bem executada altera a correlação das forças. Clausewitz demonstra como Frederico II, em inferioridade numérica, ganhou a batalha de Leuthen: enviou o grosso das tropas ao coração dos austríacos. A crueldade é, frequentemente, o que em cada momento é necessário fazer, e o momento não se julga; quando muito, há-de julgar-nos.»

 

«Podemos falar da traição. Com ou sem casamento, hetero ou gay, cyborg ou simiesca, ela existe sempre. Menos nos leões. O leão assiste o seu pride e nunca é traído enquanto vive ( já não assiste ao saque do invasor); também nunca trai as sua fêmeas, só acasala com as mulheres do grupo. Um arranjo interessante. As leoas são livres da esperança que ainda infecta as mulheres obedientes: podia ser que ele mudasse, esperei que ele ficasse mais carinhoso. Tudo em troca do perdão que assegurou a unidade da célula. Um arranjo não menos interessante. Os poucos homens que perdoam não esperam nada a não ser o segredo e uma imaginação misericordiosa; os leões pagam com a vida.»

 

«Há mulheres que enquanto remodelam ou compram casa nova e familiar já pensam em deixar o marido. Tenho deparado com várias e fico sempre a olhar para elas. Extasiado. Como é que coabita naqueles cérebros a ideia de alargar o ninho e a vontade de despachar o providenciador de genes? A resposta é simples: aqueles cérebros são muito mais sofisticados do que os masculinos. Diante de um marido irremediavelmente bronco e sem conserto, elas apostam naquilo que ele lhes pode ( ainda) oferecer: ajuda para melhorar a caverna. Uma vez concluída a obra podem finalmente despachar o taralhouco. A cultura actual - subsistência garantida e sexo sem coacção - recuperou uma velha e paleolítica aspiração feminina: palerma, homens há muitos

 

«A morte nunca morre. O tempo encarrega-se da reanimação consecutiva. O amor morre com frequência: umas vezes à nascença, outras devido à seca extrema, com frequência levado na tempestade. A morte esconde-se em fotografias, nas janelas entaipadas, no nariz tantas vezes. Como não vive, não envelhece. Está sempre disponível, é forte, concreta e fiável. Fingimos que o amor nunca morre porque somos dados ao espiritismo.»

 

«Se a culpa fosse um animal seria uma hiena. Fisi ou m'Pisi tanto faz: chega de noite e come qualquer coisa. É longeva, a besta. Julgo mesmo que sobrevive às recordações dos episódios, pelo menos de forma mais intacta. Como todos os scavengers, a culpa é um agente ecológico. Não fosse ela e seríamos tentados a pensar que tudo aconteceu devido a uma sucessão de imponderáveis; não fosse ela e as sobras das nossas acções apodreceriam ao sol. Assim apodrecemos nós.»

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Livros na bagagem.

por FJV, em 08.12.08

Bibliografia pop.

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Piú lib[e]ri em Roma.

por FJV, em 07.12.08

 

 

 
Stand da Nuova Frontiera; com Giorgio di Marchis, na apresentação de Un Cielo troppo Blu (a sua Lazio perderia daí a duas horas...); com Rodolfo Ribaldi, o pater familias da editora (Lorenzzo acabava de chegar de Guadalajara).

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O sr. inspector Jaime Ramos em Roma.

por FJV, em 05.12.08

 

Este fim-de-semana, lançamento em Roma de Un Cielo Troppo Blu e de Lontano da Manaus, oportunidade para reencontrar Giorgio di Marchis e Lorenzo Ribaldi, bons amigos do inspector Jaime Ramos:

«Jaime Ramos non era autoritario, ma gli piaceva dare ordini e aspettare tranquillamente che le cose si sistemassero da sole. Se c'era una critica da fare a Jaime Ramos era che non si interessava alle cose con applicazione, impegno, coerenza e ovvietà. Spesso gli sembrava che lo infastidisse qualcosa, la pioggia, un omicidio, il sole, l'estate, l'ora di pranzo. Non era mai entrato nei particolari.»

 

Sobre Longe de Manaus, críticas de Giancarlo de Cataldo no L'Unitá e de Marco Peretti no Liberazione, do La Repubblica, e do Il Manifesto.

Sobre Um Céu Demasiado Azul, crítica no Il Messaggero, Jaime Ramos no La Repubblica, no Il Sole24Ore, de Marilia Piccone (Wuz).

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Sereias do Mindelo, preparai-vos!

por FJV, em 20.11.08

Não esqueçam: correi para o lançamento do livro de Manuel Jorge Marmelo, As Sereias do Mindelo (edição Quetzal), hoje às 17h00, na Bertrand da R. Júlio Dinis, do Porto. Falará o autor, falará Valter Hugo Mãe.

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O amor, 1.

por FJV, em 14.11.08

 

«Se há um amor feminino, é um amor adulto, total, absoluto. Se há um amor masculino, ele enrola-se na posse. É um amor igual ao que as mulheres têm por um par de sapatos novos.»

Filipe Nunes Vicente, Amor e Ódio. Quetzal.

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Ouro Preto, 1.

por FJV, em 11.11.08

Em Ouro Preto, o coração do barroco luso-brasileiro (Minas Gerais), acabou ontem o Fórum das Letras, que rivaliza com o mais popular Festival de Paraty. O tema é “a literatura e o mistério” – não há relação mais simples nem mais óbvia. No cenário onde viveram poetas e músicos de eleição que os portugueses desconhecem (como Cláudio Manuel da Costa ou Tomás Gonzaga, mas também Elisabeth Bishop), o tema lembra muito o facto de “a literatura de agora” se limitar a tratar das paixões evidentes – o sexo, o poder e a desilusão. No meio do sofrimento e da busca da felicidade, a literatura serve também para providenciar conforto e perturbação a quem quer ver mais longe do que o mundo imediato promete. A isso chamamos, salvo erro, mistério. E é por isso que a literatura existe.

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Anjos caídos, um excerto.

por FJV, em 06.11.08

 

Anjos Caídos, de Harold Bloom (Editora Objetiva): «Alteridade é a essência dos anjos; mas também é nossa essência. Isso não significa que os anjos sejam nossa alteridade ou que nós sejamos a deles. Antes, eles manifestam uma alteridade ou uma possível semelhança com a nossa, nem melhor nem pior, mas apenas graduada em escala diferente. O Museu do Vaticano coleciona anjos; nisso, estão juntos devoção e interesse próprio. O que o Vaticano e também a Religião Americana não aceitariam é minha crescente convicção de que todos os anjos, agora, são necessariamente anjos caídos, da perspectiva do humano, que é a perspectiva shakespeariana.

Todo anjo é aterrorizante, escreveu Rilke, que não tinha enfrentado uma tela de cinema na qual John Travolta brincava como um anjo. O que pode significar afirmar que, ainda assim, não é possível uma distinção entre anjos não-caídos e caídos? Nós somos Adão (ou Adão e Eva, se preferem) caído, mas já não somos caídos no sentido agostiniano ou cristão tradicional. Como Kafka profetizou, nosso único pecado autêntico é a impaciência: é por isso que nos estamos a esquecer de ler. A impaciência é cada vez mais uma obsessão visual; queremos ver uma coisa instantaneamente e depois esquecê-la. Leitura profunda não é assim; leitura exige paciência e memória. Uma cultura visual não consegue distinguir entre anjos caídos e não-caídos, uma vez que não podemos ver nenhum dos dois e estamos a esquecer de como nos ler a nós mesmos, o que significa que podemos ver imagens de outros, mas não podemos realmente enxergar os outros nem a nós mesmos.»

 

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O leopardo está entre nós.

por FJV, em 20.10.08

Há coisas que nos salvam. O regresso do leopardo às páginas da blogosfera é uma delas. Bem-vindo sejas, Filipe, depois destas duas últimas semanas.

 

E, já agora, fiquem com a capa do novo livro do FNV, nas livrarias no final do mês. Assim mesmo:

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Agualusa no Washington Post.

por FJV, em 20.10.08

Recensão do Washington Post ao The Book of Chameleons (tradução, na Simon & Schuster, de O Vendedor de Passados), de José Eduardo Agualusa.

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Livros à solta.

por FJV, em 20.10.08

Coisas que valeu a pena fazer neste Outono:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

São os novos livros da Quetzal, e a maior parte deles já está nas livrarias.

 

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