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O País do Futuro.

por FJV, em 19.05.17

Diz-se que há uma “maldição de Stefan Zweig”, o escritor austríaco que fugiu da Europa e do nazismo para se fixar no Brasil, em Petrópolis, onde se suicidou em 1942. Em 1941 publicou Brasil, País do Futuro – título que constituiu, em simultâneo, uma promessa e uma maldição. O Brasil, hoje, é uma equação incerta. É um país que já não tem desculpa. Não pode desculpar-se com a “herança colonial portuguesa” (sua desculpa fácil de sempre, sobretudo entre os intelectuais) nem com a agressão do capitalismo. Minado (verdadeiramente minado) pela corrupção, raros são os políticos a salvo da suspeita. Depois do consulado equívoco de Lula e da tragédia de Dilma (um pesadelo de incompetência e desleixo), o Brasil ouviu, incrédulo, o depoimento do antigo presidente petista, culpando a sua falecida mulher por eventual corrupção. Uma vergonha. Anteontem, o país soube que Michel Temer não tem apenas falta de legitimidade eleitoral – mas também de probidade. Nada de novo. Do PSDB ao PT, passando pela desgraça que é (e sempre foi) o PMDB, poucos se salvam. O país do futuro é de novo um enigma. E um escândalo.

 

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