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O festim.

por FJV, em 12.08.14

Rui Veloso respondeu às tresleituras disparatadas da sua entrevista ao DN – e anunciou disco novo em 2015. Uma horda de patetas apareceu nas “redes sociais” para lamentar o adeus de outro músico desiludido com o país, retirado e amargurado; este é o habitual discurso da banalidade e da queixinha barata. Muitos apressaram-se a prever a hecatombe do costume: estão a matar Portugal, vejam. O problema dos músicos é sombrio porque dependem da concorrência, do gosto, da banalização e, vá lá, do cansaço. Mas não afeta apenas músicos: outros autores (e outras profissões) sofrem o mesmo desgaste e não culpam a pátria. O tempo devora os seus filhos; o nosso tempo devora tudo com mais crueldade ainda, com a ajuda da tv e da internet. Além de que não é possível alimentar com dinheiros públicos uma indústria na qual as autarquias gastaram milhões durante anos de concertos gratuitos. Esse festim acabou.

[Da coluna do Correio da Manhã]

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