Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]



I hate the internet & the working class.

por FJV, em 14.12.17

Na cama, Bret Easton Ellis lê I Hate the Internet.

 

É um livro delicioso, I Hate the Internet (Odeio a Inernet, sai em Portugal em janeiro) de Jarett Kobek, um turco-americano que descreve as desventuras de uma vintena de personagens da costa leste os EUA, cujas vidas se transformam num inferno graças ao Facebook, ao Twitter e ao Instagram. Basicamente, é um romance sobre economia política, feminismo e internet. Há uma passagem em que Kobek explica que os grandes patrões da internet adoram as indignações generalizadas de natureza política e social – elas alimentam e acrescentam o tráfego, captando mais anunciantes para a Google, o Facebook ou o Twitter. Quanto mais protestos se leem, quanto mais guerra anticapitalista melhor para os acionistas, que enchem os bolsos com cada página da net. Veja-se o caso do grande patrão da Penguin Random House inglesa, Tom Weldon, que exortou a indústria da edição a responder ao “imperativo comercial urgente” de “fazer refletir em romances as experiências da classe trabalhadora”. É maravilhoso ver os tubarões da indústria a querer vender obras sobre a classe trabalhadora a fim de aumentar os lucros dos acionistas.

[Da coluna no CM]

Autoria e outros dados (tags, etc)



Ligações diretas

Os livros
No Twitter
Quetzal Editores
Crónicas impressas
Blog O Mar em Casablanca


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.