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Com um beijinho da CNE.

por FJV, em 25.09.17

Calhou este fim de semana ter tropeçado numa “arruada” eleitoral. Sentado numa esplanada, escondido entre a folhagem, contei ao todo 12 participantes entusiastas que fingiam estar possuídos por um espírito brincalhão e alcoolizado, saltando, pulando, avançando ou às arrecuas, expelindo o que me pareceram palavras de ordem. Atrás, ao lado, à frente e misturando-se com os 12 arruadeiros, entre os quais figurava uma alma discreta fazendo de candidato, seguiam exatos 14 jornalistas, gravando uma frase solta, captando uma imagem disparatada, o costume. Três minutos e meio durou a festança, após o que todos desmobilizaram. À noite, enquanto procurava um canal que me informasse sobre dado jogo de futebol (ai, se a CNE sabe...), tropecei de novo na mesmíssima arruada, mas já montada para televisão: uma multidão, um tropel, um sufoco de gente, uma jornalista já sem fôlego, nenhum espaço vazio – parecia uma praça cheia de gente a festejar o São João, engolindo a alma candidata. Tamanho esforço das televisões merece, certamente, o aplauso dos cinéfilos e – sem ofensa – um beijinho da CNE.

[Da coluna do CM]

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