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Os bons e os maus, como sempre.

por FJV, em 17.03.08

Parece que o PS vai tentar meter-se com os ‘piercings’, proibindo o seu uso, bem como o de tatuagens, por menores de 18 anos. É uma bela tentativa, digo-vos eu, que detesto ‘piercings’ e acho o excesso de tatuagens uma infantilidade grotesca. Mas, se eu fosse interpretar o “bem comum” (‘piercings’ e tatuagens podem ser perigosos e são esteticamente questionáveis) e transformar “todos os princípios” em lei, não havia código civil que bastasse. Isto não assusta os que pensam que a sociedade precisa de regras que nos levem ao paraíso na terra. O mundo andaria “melhor” – estaríamos vigiados e haveria sempre gente para nos obrigar a escolher o caminho da vida saudável. Nas utopias e nas repúblicas utópicas, havia disso: horas de rezar, de trabalhar e de gozar. No papel, esse mundo era quase maravilhoso – mas na “vida real” era uma antecâmara do horror. Curiosamente, não por causa dos “maus” – mas por causa dos “bons”, que se transformaram em déspotas grotescos e tiranos.

[Da coluna do Correio da Manhã.]

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6 comentários

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De KLATUU o embuçado a 18.03.2008 às 01:07

E está no seu direito - que ninguém pensaria em tirar-lho. Mas há quem goste de piercings e tatuagens. E há quem queira voltar ao extermínio dos judeus.

A última é política e moral e, uma vez que contra o que de mais elementar há no direito à vida e racista, é condenável.

A primeira é da ordem dos costumes... e o critério de saúde pública é absurdo, senão ridículo e anedótico!
Viver é das coisas que mais mal faz à saúde - principalmente num país governado por idiotas anacrónicos.

Abraço.

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