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Vem daí, Espinosa. Vem daí, Ruy. Regressa daí, Tim. Vem daí, Marcelo.

por FJV, em 29.12.07

O delegado Espinosa de regresso à ficção de Luiz Alfredo Garcia-Roza, em Na Multidão (depois de Espinosa sem Saída).  E, com ele, Ramiro, Welber, a solidão nostálgica do Bairro Peixoto em Copacabana, a gastronomia vagabunda de Espinosa das suas paixões. Só quem sabe, só quem sabe.

Para ler mais sobre Garcia-Roza: Entrevista com Luis Alfredo Garcia-Roza publicada na revista Ler há uns tempos. E, aqui, um Espinosa de A a Z.


Ruy Castro, o autor das biografias de Garrincha (Estrela Solitária), Nelson Rodrigues (O Anjo Pornográfico) e Carmen Miranda (Carmen: Uma Biografia), além da belíssima biografia do Rio de Janeiro, Carnaval no Fogo, regressa à ficção depois de Bilac vê Estrelas, com Era no Tempo do Rei, romance que nos leva à chegada da corte portuguesa ao Rio, com o príncipe D. Pedro como figura principal na noite carioca de então.
Deixem-me recordar a sua evocação do Rio ou da Guanabara no princípio do mundo (em Carnaval no Fogo): «Se Vespúcio voltasse hoje à cidade, quinhentos anos depois, como seria? Em 1502, ao defrontar-se com o Pão de Açúcar, ele vira na Guanabara algo muito parecido com a ideia que os antigos faziam do Paraíso: um carnaval de montanhas, serras, praias, enseadas, ilhas, dunas, restingas, manguezais, lagoas e florestas, tudo sob um céu que não tinha fim. Uma obra-prima da natureza, habitada por uma gente feliz, bronzeada e amoral. […] Uma vida tão feliz e paradisíaca que deixava muito mal a ideia, então corrente entre os jesuítas, de que os selvagens não tinham alma.» P.q.p., hã?


E Tim Maia, que morreu em 1997, agora com biografia à altura. Devastador Tim Maia, selvagem e surpreendente como só ele era, descrito e escrito por Nelsinho Motta em Vale Tudo. O Som e a Fúria de Tim Maia. Recado de Tim para Nelson em 1997, Nova Iorque: «Ô Nelsomotta, eu tô aqui sentado numa cadeira e tomando café numa mesa tão antiga que estou me sentindo um Dom João VI, porque tudo é antigaço nesse hotel, mas o fogão está funcionando e você está convidado a tomar um breakfast e a torrar unzinho comigo. Now!»



Marcelo Rubens Paiva, o autor de Malu de Bicicleta, de Feliz Ano Velho ou de O Homem que Conhecia as Mulheres, agora reedita algumas das suas crónicas exemplares em As Fêmeas. Extracto de uma delas: «Tive um colega de faculdade que morava na Augusta sobre um bar-padaria suspeito, fachada para tráfico de pó e de putas. Antes de dormir, costumava tomar uma cerveja e olhar o movimento. Numa noite, a puta “xis” discutia com um freguês, que passou a agredi-la. Deu cinco minutos, meu colega se levantou e a defendeu, expulsando o inoportuno do bar. Pra quê? Foi adotado. A menina o convidou para ser seu gigolô. “Não, sou um estudante da USP, futuro profissional liberal. Não convém ser um gigolô” — ele não disse, mas seria sua resposta se a honestidade fosse um hábito. Inventou uma desculpa qualquer que não colou. A menina descobriu que ele morava em cima da padaria e passou a deixar uma parte dos seus ganhos debaixo da porta. Ele procurava devolver a grana. “Mas você é o meu homem, merece o dinheiro.” O que fazer? A universidade não tem respostas para situações triviais. Nada.»

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Como vai ser 2008?

por FJV, em 29.12.07


Visto de Inglaterra, segundo o The Guardian, assim vai ser o futuro em romances (também aqui), ciência, história, biografia ou poesia. Recorde também os best-sellers ingleses de 2007.

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E estes são de Espanha.

por FJV, em 29.12.07


Em Espanha, o El Pais seleccionou também os seus 10 livros de 2007: Vasili Grossman, Jorge Wagensberg, Robin Lane Fox, Belén Gopegui, Enrique Vila-Matas, Juan Antonio González-Iglesias, Cormac McCarthy, Eugenio Trías, Jonathan Littell, e Javier Marías.

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Os 10 melhores e os 100 «notáveis» de 2007, segundo o NY Times.

por FJV, em 29.12.07


Para o The New York Times, estes são os 10 livros do ano. Melhor: os melhores livros do ano.
Em matéria de ficção, Man Gone Down, de Michael Thomas (edição Black Cat/Grove/Atlantic), Out Stealing Horses, do norueguês Per Petterson (Graywolf Press), The Savage Detectives, do chileno Roberto Bolaño (morreu em 2003, edição Farrar, Straus & Giroux; o livro é a tradução de Los Detectives Selvajes, que ganhou em 1999 o prémio Rómulo Gallegos), Then We Came To The End, de Joshua Ferris (Little, Brown), e Tree of Smoke, de Denis Johnson (Farrar, Straus & Giroux).
No caso da não-ficção, os títulos são Imperial Life In The Emerald City: Inside Iraq's Green Zone, um livro sobre a inépcia americana no Iraque, de Rajiv Chandrasekaran (Alfred A. Knopf), Little Heathens: Hard Times and High Spirits on an Iowa Farm During the Great Depression, de Mildred Armstrong Kalish (Bantam), The Nine: Inside the Secret World of the Supreme Court, de Jeffrey Toobin (Doubleday), The Ordeal Of Elizabeth Marsh: A Woman in World History, de Linda Colley (Pantheon), e The Rest Is Noise: Listening to the Twentieth Century, do crítico de música Alex Ross (Farrar, Straus & Giroux).

Esta é a lista dos 100 Notable Books, onde encontramos Vargas Llosa, Murakami, Philip Roth, William Trevor, Martin Amis, DeLillo, David Leavitt, etc.

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Lobo Antunes.

por FJV, em 29.12.07
António Lobo Antunes sobre as mudanças na Dom Quixote (que passou para o grupo Pais do Amaral): «O meu pensamento neste momento é sair da Dom Quixote. [...] Eu sou um autor que precisa de muita atenção. Necessito de garantias sinceras e de palavras sem mentira que me dêem segurança de que a publicação dos meus livros será feita de acordo com o meu desejo e com as necessidades que eles têm.»

Comentários no Blogtailors e no Bibliotecário de Babel.

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Saramago, Bogotá.

por FJV, em 29.12.07

Saramago, o preferido na Colômbia: «O português José Saramago foi o autor mais cotado entre os mais de 3 milhões de exemplares de 44 títulos que circularam no programa Livro ao Vento, implantado em março de 2004 pela Prefeitura de Bogotá para estimular a leitura [...]»

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James Watson.

por FJV, em 29.12.07

No Times Literary Supplement, uma leitura de Avoid Boring People and other Lessons from a Life in Science, o livro de James Watson: «It would be easy to condemn Watson as arrogant and opinionated – he is – but a more nuanced look at his past reveals an infinitely more complex individual than that typically portrayed in the media

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Littell.

por FJV, em 29.12.07


Não deixe de ler As Benevolentes, de Jonathan Littel (edição Dom Quixote). Entrevista de Littell ao Público disponível online no Portugal dos Pequeninos. Recensão de Eduardo Pitta aqui, que também escreve um texto sobre o autor.

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Informação e Liberdade. Como será a democracia sem jornalismo?

por FJV, em 29.12.07


No próximo dia 15, em Lisboa, haverá um jantar em que os jornalistas portugueses debaterão a auto-regulação da profissão. O tema é mais do que adequado: como será a democracia sem jornalismo? Inscrições aqui, como de costume.

O preço da inscrição deverá ficar em 10€.

No site do Movimento Informação é Liberdade está indicada, por lapso, a data de 8; o jantar será a 15.

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Lacuna legislativa.

por FJV, em 29.12.07
Sobre a questão do tabaco, os bares e restaurantes podem optar, em determinadas condições, por serem «abertos a fumadores». Alerto, no entanto, para o facto de haver uma lacuna legislativa a explorar: não está regulamentado o modelo desses bares e restaurantes. Roda livre. Esqueceram-se. E a minha fonte é segura.

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Cientista do ano em Portugal.

por FJV, em 29.12.07


Carlos Fiolhais, no De Rerum Natura, escolhe como pessoa do ano a cientista Mónica Bettencourt Dias, do Instituto Gulbenkian de Ciência, de Oeiras; vale a pena saber porquê. Mónica Bettencourt Dias investiga «problemas de divisão celular e que, depois de ter regressado do estrangeiro, viu este ano não só mais trabalhos publicados nas melhores revistas (depois da “Nature” foi a “Science” e a “Current Biology”) como também a distinção pública do seu trabalho através de vários prémios. Ela representa uma geração de jovens cientistas que estão a provar que em Portugal se pode fazer ciência de elevada qualidade.»

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País de tascas.

por FJV, em 29.12.07
Vejamos: não é demolidor. Neste caso, a ASAE não tem culpa – trata-se de uma lei da vida. Que o país de tascas acabe é uma fatalidade; mas que a aplicação da lei seja cega, surda, muda e imbecil, é outra coisa. Eu preferia deixar «o mercado» actuar em vez de ver os comandos e pelotões da ASAE ir pela província fora encerrar cafezinhos em Figueira de Castelo Rodrigo, Ervedal, Vila do Porto ou Vermoim, a armar em higienistas. Ainda está para se escrever que o futuro pertence à Starbucks.

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Já tardava.

por FJV, em 29.12.07
A comissão que tratava do «programa do PSD» começa a desmembrar-se. Programa para quê, depois da entrevista de Menezes ao Expresso?

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