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por FJV, em 26.04.07
||| Coisas esturricadas.
Li, a partir de indicações daqui e daqui, e gostei muito. Vale a pena.

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por FJV, em 26.04.07
||| Fé & Religião.
Acabo de ler O Fim da Fé, de Sam Harris (Tinta da China) e recomendo a sua leitura. A tese fundamental do livro é simples e clara: o discurso da religião e a prática das religiões constituem entraves para o entendimento humano e para a liberdade. Ao longo do livro, Sam Harris recolhe exemplos e sabe onde deve atacar. E sabe defender as suas ideias. Os que seguem à risca a doutrina interpretativa de Russell Kirk sobre Burke (que é claustrofóbica e anacrónica), por exemplo, não se dão conta do peso abominável da herança religiosa sobre a política. Sam Harris e Andrew Sullivan, de perspectivas completamente diferentes (Harris é ateu, Sullivan é católico), têm uma experiência que os clássicos não tiveram: enfrentar o fundamentalismo religioso cristão nos EUA. Não é por acaso que ambos lhe dedicam muitas páginas nos seus livros; esse fundamentalismo constitui uma verdadeira caça às bruxas na política. Um liberal à moda antiga não pode desculpar a perversão em que se transformou essa tara religiosa.

Para ler o debate Sullivan/Harris.

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por FJV, em 26.04.07
||| CDR.
Portugal tem uma larga tradição de denúncias privadas, mesquinhas, filhas da puta, de vizinhos maledicentes e de velhas taradas. À sua medida, os CDR* portugueses funcionaram sempre em situações de desregramento do poder ou da sociedade. A denúncia de judeus velhos e cristãos novos foi o que se sabe. A denúncia por maldade. A denúncia durante a I República. O denuncismo durante a revolução. A denúncia para as primeiras páginas. A denúncia vergonhosa. A denúncia dos pobres e ofendidos. A denúncia de adúlteros e de sodomitas. A denúncia à PIDE. A denúncia aos padres & às auctoridades. As cartas anónimas que circulam na Administração Pública. A perseguição a quem se queixa com bases legais. A queixinha avulsa (sabem do que estou a falar...). A queixinha por método. A denúncia por hábito. A maldade de vizinhança. O Ministério da Justiça partilha das inquietações da sociedade sobre a corrupção e quer, portanto, comprometer a sociedade nessa luta sem tréguas e sem quartel. Já havia uma Carta de Ética, dos tempos de Guterres; mas agora são os funcionários públicos que estão a ser desafiados. Denunciem. No Brasil há um Disk-Denúncia permanente e abrangente. A sociedade deve vigiar-se. Controlar os vizinhos e combater o tráfico de influência. Ser honesta e não aceitar gratificações. Mas há razões para ter algum medo. Basta conhecer a história da denúncia em Portugal. Há sempre quem tenha dúvidas, que chatice.

* - Comités de Defensa de la Revolución, em Cuba.

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por FJV, em 26.04.07
||| Ensino superior.
Leio esta citação deliciosa no blog do Miguel Vale de Almeida e não resisto:
«Sou professora e dirijo uma pós-graduação de Gestão de Eventos na Universidade Lusófona de Lisboa. Actualmente sou professora das cadeiras de Etiqueta, Imagem, Protocolo e Eventos Internacionais, o que me agrada bastante, porque é também uma experiência muito aliciante e enriquecedora.»
O original vem aqui, no JN. Pós-graduação. Ser professora. Etc. Confiram.

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por FJV, em 25.04.07
||| Há vozes.
Ouvem-se coisas, ouvem-se coisas. Já não há estado de graça.

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por FJV, em 25.04.07
||| Ler melhor.
Chamar bom jornalismo ao que se faz em El Pais até pode ser considerado de bom tom, sobretudo se não soubermos nada do que acontece em Espanha. Parece o órgão central do zapaterismo.

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por FJV, em 25.04.07
||| Assim é que devia ser.
Obrigado, Pedro, por esse pedacinho de ironia.

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por FJV, em 25.04.07
||| Portas.
Desculpem não alinhar no discurso ético sobre Paulo Portas e o seu regresso ao PP/CDS. Portas vai trazer alguma agitação, o que é saudável para toda a gente. Tenho uma certa pena de Ribeiro e Castro, mas está a fazer falta um cafajeste.

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por FJV, em 25.04.07
||| Discursos do 25 de Abril.
Parece que Paulo Rangel fez queixinhas em nome do PSD; parece que José Sócrates, infelizmente, começou a identificar o «bota-abaixismo», tal como Jorge Sampaio falava da «cepa-torta» e da necessidade de «pensamento positivo» (lembram-se de Francisco Cuoco, na novela O Astro?). Não é um bom sinal, mas esperava-se o quê?

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por FJV, em 25.04.07
||| TLEBS, o regresso, 2.







Preocupações sobre a TLEBS:

1. A Petição continua de pé: ainda nem sequer foi debatida em plenário da Assembleia da República, como é de Lei. Sobre isso mesmo, o José Nunes enviou a semana passada um pedido ao Presidente da AR reiterando a urgência no agendamento deste debate. Aguardemos. Os deputados da comissão de educação andam entretidos com o quê, exactamente?

2. Sobre esta Portaria que retoma a TLEBS: não só é coxa relativamente ao Secundário como é omissa relativamente ao 1º ciclo do Básico: fala apenas na transposição da TLEBS para os 5.º, 6.º, 7.º, 8.º e 9.º anos. Então e do 1.º ao 4.º? Nada? Cai do céu?

3. Sobre o Secundário: não estão reunidas as condições legais para a realização de exames. Para além de os programas não estarem homologados, a TLEBS entrou no programa quando ainda era um mero documento de trabalho. Sobre esta matéria o José Nunes levantou a hipótese da realização de um inquérito parlamentar ao senhor Presidente da A.R.

4. Espera-se ainda o resultado do pedido de inconstitucionalidade entregue na Provedoria de Justiça. Tal como se espera que os deputados se pronunciem sobre a inconstitucionalidade da lei de Salazar (decreto-lei 47 578, de 10/03/1967), ainda em vigor, que permitiu esta disparatada experiência: os pais e encarregados de educação têm de ser chamados a pronunciar-se e a dar o seu consentimento sobre experiências que envolvam os seus filhos e educandos. Este é um ponto de honra, uma responsabilidade de que não se deve abrir mão para o Estado. Pergunta o José Nunes: «Desta vez foi a TLEBS, para a próxima o que se será? Caso a A.R. não tome a iniciativa de revogação desta Lei, a mesma será pedida ao Provedor de Justiça, de modo formal. No fundo trata-se do que 8.132 pessoas pedem na alinea c) da Petição, que não se esgota na TLEBS, coisa que, se calhar, o Ministério da Educação ainda não reparou.»

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por FJV, em 25.04.07
||| De facto.
Via JCD, o caso da condenação à morte de Ayann Hirsi Ali, a autora do argumento da curta-metragem Submissão, que custou a vida ao realizador Theo van Gogh. O imã Fouad El Bayly, que vive nos Estados Unidos, acaba de dizê-lo: «If you come into the faith, you must abide by the laws, and when you decide to defame it deliberately, the sentence is death.» Aqui.

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por FJV, em 25.04.07
||| Festejar.











A alegria de um capitão.

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por FJV, em 25.04.07
||| TLEBS, o regresso.












Como já tinha escrito, o Ministério da Educação não teve coragem (ao menos científica) para acabar com a trapalhada da TLEBS. Manteve a TLEBS depois de ter mandado suspender a experiência, que estava a dar maus resultados. Como acontece no ensino do Português, tudo o que dá maus resultados é geralmente aprovado pelo Ministério da Educação. Espero que a ministra da Educação ponha ordem nessa corporação.

Hoje, no DN, Vasco Graça Moura retoma o assunto.



















Ver também:
>>> «O Ministério da Educação explicou que a tutela se compromete a garantir que os alunos expostos à nova terminologia e os que tiveram a antiga vão conseguir responder correctamente aos itens apresentados no exame», aqui. O Ministério afirmava que havia erros mas que era necessário fazer exames na mesma. Mais tarde, anunciou que ia suspender a TLEBS.

>>> A petição contra a TLEBS (que continua de pé, portanto), organizada por José Nunes.

>>> Comentário de João Paulo Sousa sobre a TLEBS.

>>> Declarações de Luís Capucha, director-geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular em que assume que a terminologia «tem deficiências» mas não aceita retirá-la das escolas.

>>> Artigo de Vasco Graça Moura no Diário de Notícias: o professor de português «não pode ser obrigado a ensinar o erro».


>>> Texto do Prof. Andrade Peres sobre a TLEBS, arrasador, originalmente publicado no Expresso (destaques aqui): «A falta de qualidade científica da TLEBS, aliada a uma clara ausência de sentido da realidade no que respeita tanto a professores como a alunos, faz desta Terminologia uma verdadeira calamidade que se abate sobre as escolas do país.»

>>> Artigo de Vicente Jorge Silva no Diário de Notícias: «A TLEBS é uma metáfora das trágicas disfuncionalidades do ensino em Portugal. Entre a velha escola autoritária e elitista da ditadura e o vertiginoso experimentalismo pedagógico - é esse, precisamente, o caso da TLEBS - que assaltou a escola democrática e massificada, instalou-se o vazio e o caos. O centralismo burocrático do Ministério da Educação atingiu um ponto insustentável, favorecendo o corporativismo retrógrado dos sindicatos dos professores. [...] Pior do que a TLEBS é impossível.»

>>> Artigo de Vasco Graça Moura no Diário de Notícias: «O ministério não pode forçar os professores de português a uma "licenciatura" em Linguística feita a martelo. E muito menos pode tratar os alunos como cobaias descartáveis. É a sua preparação para a vida que está em jogo. [...] A sobranceria corporativa e despeitada de alguns linguistas autopromovidos a vestais só lhes fica mal. Desautoriza todos os professores que não saiam da sua coutada. E mostra que eles, tão preocupados com a semântica das frases, afinal ainda não perceberam do que se está a falar.»

>>> Texto de Helena Buescu no Público.

Ilustrações de José Nunes.

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por FJV, em 25.04.07
||| Blaufuks.
O livro de Daniel Blaufuks, Sob Céus Estranhos (Tinta da China) é um hino à memória e à fotografia.

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por FJV, em 25.04.07
||| Multiculturalismo.
O fotógrafo Gal Oppido organiza, em São Paulo, uma exposição sobre «personagens bíblicos nus». Lá vai aparecer a galeria do costume, mas sem roupa. Sintetiza a Folha: «O fotógrafo vem de uma família de mãe católica extremada e pai anarcocomunista, convivendo com amigos espíritas e uma tia umbandista.» Tudo se explica.

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por FJV, em 25.04.07
||| Resumo.
Todo um programa: «Em Paraíso Tropical, Ana Luísa (Renée de Vielmond) vai transar com Lucas (Rodrigo Veronese) na casa de Daniel (Fábio Assunção) após descobrir que Antenor (Tony Ramos) a trai com Fabiana (Maria Fernanda Cândido). A novela da Globo teve recorde de audiência nesta segunda: 44 pontos no Ibope.»

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por FJV, em 25.04.07
||| 25 de Abril no Brasil.












Francisco Seixas da Costa, nosso embaixador no Brasil, publica o seu livro sobre o 25 de Abril, com as fotografias clássicas de Carlos Gil e Alfredo Cunha. Edição brasileira, também.

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por FJV, em 25.04.07
||| Música de 1974.










Em Portugal, na Primavera de 1974, os Terry Jacks sobem ao primeiro lugar do top de discos com «Seasons in the Sun», uma espécie de versão de «Le Moribond», de Jacques Brel. Na mesma lista, logo a seguir, «Sebastian», dos Cockney Rebel (de Steve Harley).

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por FJV, em 24.04.07
||| Cabo Verde, de novo.










A propósito deste post sobre a presença judaica em Cabo Verde (e que me levou a ouvir, de novo, uma antiga gravação de Gardénia Benrós, ou Ben Rosh), o Urbano Bettencourt lembra, por mail, o nome do futebolista Henrique Ben David «que andou pelos relvados portugueses nos princípios da década de cinquenta» e que deixou boa memória nos Açores. Na verdade, Henrique Ben David nasceu no Mindelo, em São Vicente, em 1926; em consequência de uma lesão afastou-se do futebol e foi viver para os Açores, onde treinou o Santa Clara. Veio para Portugal com um contrato com a CUF mas foi no Atlético que jogou (estreou-se num jogo contra o Casa Pia; jogou pela primeira vez na I Divisão contra o Boavista, num jogo que o Atlético ganhou por 3-1, com dois golos do caboverdiano), e chegou à selecção, onde alinhou pela primeira vez contra a Inglaterra (derrota por 5-3, mas dois golos de Ben David). No total, jogou oito anos pelo Atlético e marcou 98 golos; com seis internacionalizações marcou quatro.

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por FJV, em 24.04.07
||| Pela boca morre o peixe.
Coisas que não se devem dizer:
«C'est sans doute un miracle (rires) ! En tout cas, c'est inespéré.»

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