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Ratzinger.

por FJV, em 14.02.13

É provável que Bento XVI não tivesse conseguido fazer esquecer Joseph Ratzinger – o homem que, dez anos antes de ser papa, já comandava os verdadeiros destinos da igreja católica. Para o Vaticano, Ratzinger (um dos únicos cardeais que não tinha sido nomeado por João Paulo II) transportou o brilho intelectual, as preocupações de rigor doutrinário, a exigência teológica, a pureza da forma, a diversidade dos ritos, aquilo que acreditava ser a quase perdida beleza da fé. Aos que pretendiam uma igreja pop, Bento XVI lembrou aquilo que sempre defendera: a necessidade de ortodoxia para preservar o sentido e a forma da igreja, o que nunca significou – no seu papado e correndo o risco de se encontrar «em minoria» – a ausência de debate, de estudo e de profundidade. A Europa perde, com a resignação de Bento XVI, um intelectual brilhante e atento, que recolocou a religião na trajectória das pessoas reais.

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