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Pedido (coisa urgente), 2. (Por favor, por favor.)

por FJV, em 29.01.11

Acabei de atravessar Pombal e a avó não se cala. Já tentei ler (é um romance demolidor, confesso) e distrair-me com a paisagem (é impossível, está toda estragada). Na televisão, por favor, por favor, por favor, está a passar um programa de divulgação turística das belezas portuguesas (em Belmonte, desta vez) com Eládio Clímaco e Isabel Angelino — ele tem um anoraque vermelho e ela um gorro azul celeste, e comem abundantemente depois de visitarem uns aposentos onde é pouco crível que pernoitem. Já li o Expresso (foi fácil). Neste momento, a avó parece-me o prof. Carvalho Rodrigues sem barba e tem a voz do detective Ventoínha dos Parodiantes de Lisboa. Ajudem-me. Já a olhei de frente. Ela está a mandar beijinhos para uma vizinha. O telefone é daqueles bons, tem uma bateria que não acaba. Por favor.

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4 comentários

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De Pedro Silva a 29.01.2011 às 11:23

passe por ela e "sem querer" faça com que o telefone caia. apanhe-o e retire-lhe a bateria. faça desaparecer a bateria. peça muitas desculpas.
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De Fred a 29.01.2011 às 11:27

Meu Deus... O Horror, O Horror...

É bem possivel ser essa, uma das piores coisas que me pode acontecer num transporte Publico!
Acho que a Avó é o do estilo de pessoa que irá em seguida aos telefonemas falar com quem a Rodeia, FJV incluido...

O melhor nesses casos, é com toda a Delicadeza Humana possivel, perguntar se vai demorar muito ao Telefone, pois encontra-se com uma tremenda dor de cabeça, e agradeceria o Silêncio como bem mais precioso...

Abraço, Boa Sorte... Sincera!
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De ana b. a 29.01.2011 às 11:34

Bom se o Xanax não resolveu, pode sempre convida-la a ir à janela ver a paisagem.
Aproveite um momento de distração dos restantes passageiros e dê um ligeiro empurrão ao destino.
Para grandes males, grandes remédios.
Bom, parece-me que estou a ensinar o pai- nosso ao vigário...
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De Paulo Maia a 29.01.2011 às 11:36

Tentar conversar com a velhota? Pregar-lhe um sermão, daqueles que se pregavam no tempo dela? Partir para a violência? Sugiro o Expresso bem enroladinho e... zás!

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