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Acabei de atravessar Pombal e a avó não se cala. Já tentei ler (é um romance demolidor, confesso) e distrair-me com a paisagem (é impossível, está toda estragada). Na televisão, por favor, por favor, por favor, está a passar um programa de divulgação turística das belezas portuguesas (em Belmonte, desta vez) com Eládio Clímaco e Isabel Angelino — ele tem um anoraque vermelho e ela um gorro azul celeste, e comem abundantemente depois de visitarem uns aposentos onde é pouco crível que pernoitem. Já li o Expresso (foi fácil). Neste momento, a avó parece-me o prof. Carvalho Rodrigues sem barba e tem a voz do detective Ventoínha dos Parodiantes de Lisboa. Ajudem-me. Já a olhei de frente. Ela está a mandar beijinhos para uma vizinha. O telefone é daqueles bons, tem uma bateria que não acaba. Por favor.
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