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por FJV, em 07.11.05
||| A ausência de República.
Nas declarações mais recentes de Sarkozy sobre o descalabro francês, há uma palavra que entra agora: República. Chirac já a tinha usado. O Estado francês tem-na guardada para estas eventualidades. O que o Estado diz é isto: a República vai estender-se a todo o território. Por outras palavras ainda: «Partout sur le sol de la République, et pas seulement dans les beaux quartiers, les Français ont le droit de vivre en sécurité.»
A Europa actual, das classes médias e dos políticos esclarecidos, transformou a emigração numa questão moral, mas não está disposta a pagá-la com o seu dinheiro. Só assim se explica que o discurso em relação à emigração seja humaníssimo e moral -- mas que as leis e a sociedade estejam de costas voltadas para as vagas de emigrantes que chegam todos os dias, atravessando o Mediterrâneo. Isso explica a contradição básica entre o estado social e moral europeu, e os bairros onde o Estado não existe e onde crescem as ruínas. A primeira exclusão é a da lei.

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